quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Língua Japonesa

No Brasil, as artes marciais japonesas estão bem disseminadas, graças aos imigrantes que aqui chegaram a bordo do navio Kasato Maru em junho de 1908. Algumas destas artes marciais se tornaram até muito populares, como por exemplo o judo e o karate. Infelizmente muita coisa se perde também com essa massificação. A língua japonesa não é simples, concordo, principalmente a escrita e seus significados. Mas se a pessoa intitula-se "Sensei", deve por obrigação ensinar "tudo" de forma correta. Estudar portanto a língua japonesa deveria ser uma obrigação. Principalmente hoje em dia, que existem tantas escolas (até por correspondência), internet, dicionários, enfim, material suficiente para que se possa ter a informação correta. Nos dicionários é utilizado o sistema Hepburn, criado por James Curtis Hepburn (1815 - 1911) para facilitar a representação dos sons dos idioma japonês utilizando o alfabeto latino, conforme a pronúncia inglesa.
- Rei (cumprimento que indica respeito) com som de um "R" só, como em "pare"
- Sensei (professor) e não Sansei (que quer dizer terceira geração)
- Seito significa aluno
- Renshi com som de um "R" só e sh com som de "X"
- Shihan SH com som de "X" e H com som de "RR" e não Shiran
- As palavras escritas com "CH" tem o som de "T" - ex: Dachi (base)

Estes são alguns exemplos e postarei vários outros para consulta ou apenas como curiosidade. Quando ler alguma coisa na internet ou for a algum Dojo, lembre-se disso e escolha bem o seu "Sensei"....
Pense nisso...

Oss

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Paradoxos

As práticas de Budo são sempre marcadas pelos paradoxos. Buscamos a paz através de técnicas de guerra e o espírito forte de guerreiros que na época tiravam vidas. Na época das guerras dos samurais esta prática era conhecida como Satsujinken - A espada que tira vidas. Com o passar do tempo e o fim das guerras, necessitou-se de uma forma de treinamento que além da técnica, procurasse melhorar também o ser humano em si. Teve início então a busca pela evolução do espírito através da prática do Budo, passando então para o conceito de Katsujinken - A espada que dá a vida. Assim como hoje técnicamente não treinamos mais para a guerra, mas temos o nosso maior inimigo: nós mesmos e nossas fraquezas, buscamos o Katsujinken. Mas esta evolução só é alcançada através de muita prática e muito sacrifício, e o mais importante: Por toda a vida. Só a vivência da prática e do conhecimento nos dará uma visão da verdadeira sabedoria. Treinamos uma arte de guerra para não lutarmos. Buscamos o conhecimento para nos desapegarmos do ego de possuí-los. Nos graduamos na arte para sabermos que tais graduações não são a essência do conhecimento. Mas tudo tem que ser um paradoxo, pois é muito diferente defender a paz, sendo um praticante sério da arte e não usá-la por auto-controle de um praticante que prega a paz, mas pratica de forma errônea e não a usa simplesmente por não saber. O Caminho do Budo é longo e árduo e cada etapa deste caminho é um novo aprendizado, por isso o impotante não é chegar rápido e sim, ter aprendido e vivenciado cada etapa.
E o verdadeiro Budoka é aquele que aplica os ensinamento em sua vida cotidiana e usa a sabedoria para solucionar os problemas diários. Este é o paradoxo....
Pense nisso....
Oss

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